THMZ-KRAFT GUITARS
... THMZ-KRAFT: a transcrição fonética seria ['tɑməs-kræft ], mas você pode falar como meu filho caçula: "Thômáz-Kuréft"!! ...
... A História é um blend de agradecimento e saudosismo...
A vida é dádiva, um sopro, é som e vibração, um milagre...
Obrigado, Eterno, pelo fôlego de vida, pela perfeição dos sentidos, pela integridade física, pelos antepassados e descendentes, pelos dons, talentos e recursos, pelas amizades, experiências e incentivos...
Tudo começou em casa... A Música...
Me lembro bem daquele aparelho de som 'National'...
Alternando entre 'Vinil', fitas 'Scotch' e 'Basf', a rádio FM, os ponteiros VU-meter não paravam de dançar... Naquele tempo, meu irmão Rick (i.m.) cantava no box do banheiro, e eu, do lado de fora, tentatva acertar a banda, o título do álbum, o nome da faixa... Bons tempos...
Em 1985, com oito anos de idade, conseguem uma vaga na fanfarra da escola 'Kennedy'... Após um ano com uma corneta em Si-Bemol, ganho de presente com Piston incrível da Weril... Aulas de teoria (Bona) com o professor Norival... Gratidão...
LP´s dos 'Metais em Brasa', 'Billy Vaughn', e os muitos discos da bilblioteca Guimarães Rosa inspiravam aqueles dias...
Por um caroço no pescoço, sou orientado a abandonar o piston. Com isso, me aproprio do violão Giannini Seresta de meu irmão Rick (i.m.), época em que brinco de inventar acordes com afinações aleatórias...
Quanto fiz 10 anos, meu pai me ensinou a afinar o violão e os acordes Sol Maior, Dó Maior e Ré com Sétima... Nesses tempos, o gosto por Legião Urbana, Capital Inicial, Paralamas do Sucesso, The Smiths, The Cure vem tomando espaço...
Gratidão ao meu irmão Rick (i.m.), grande baterista com sua Fischer... Saudades de suas viradas "arrasa quarteirão"...
No início dos anos 90, louco pra ter uma guitarra (nesse tempo éramos violão e bateria), em meu aniversário vamos à Santa Ifigênia em busca da tão sonhada Tonante... ou quem sabe uma Giannini Sonic... Mas não: pela insistência do meu irmão Xandi, meus pais são convencidos a fazer um carnê! E saímos da Casa Tommasi com uma Fender Stratocaster Made in Japan Vermelha! Impressionante!!
De lá, meu pai iria ao banco Banespa, na Praça da Árvore, e estaciona o carro na rua Maquerobi em frente a um portão de madeira. Permanecemos no carro aguardando por ele, e não resistimos e pegamos a guitarra no porta malas, pra espiar um tanto. De repente um cara cabeludo bate no vidro (susto!) e pergunta: "Vocês estão procurando o Tiguez? É nesse portão...". Agradecemos, mas não entendemos nada... Quem seria esse Tiguez? Um médico? Advogado?
Pessoas vão surgindo e contribuindo com a música... Aos colegas Sérgio Neves, Fabio, Fernando Furlan e Alex Pascotto...
Gratidão ao grande Julio Kawamoto, com seu projeto de pedal 'Reverberador de Eco', e os transistores TIP35...
Gratidão ao jovem Denilson, "japonês", com sua Golden, DOD Heavy Metal e seu Boss Digital Delay... À galera da Oitava A, que com o apoio de áudio da Banda Sótão e Bonx, proporcionarm nossa apresentação numa festa do ginásio...
Em 1992, no Senai Mario Amato, tenho a oportunidade conhecer pessoas incríveis, dentre elas, Luís Canallonga. Tocávamos violão nos intervalos, alguns festivais da escola, uma banda cover de Red Hot no Sesc Pompéia... Um dia comento com ele: "Luís, as cordas da minha guitarras tão meio altas..."... E ele diz: "Leva ela no Tiguez... Fica perto do Metrô praça da árvore..." (!!!!) Caramba, então tamanha coincidência?
Foi quando tive o desespero (Ferrou!! O que esse cara tá fazendo, limando sem dó os trastes da minha Fender??!!) e entusiasmo de estar ali! Passei a frequentar aquela incrível oficina do Tiguez... Passava o dia ali, risadas, observação atenta ao trabalho dele, conhecendo músicos e as loucuras divertidas do Tiguez...
Bons tempos...
Pra saber mais, passa aqui na oficina para tomarmos um Toddy e colocar a conversa em dia... Traz teu instrumento!